O clássico entre Botafogo e Flamengo, marcado para este domingo (18/05/2025), no Maracanã, está cercado de polêmica. O Botafogo emitiu uma nota oficial expressando "profunda preocupação" com a segurança de seus torcedores, devido à decisão do Flamengo de vender ingressos para o Setor Sul, tradicionalmente destinado à torcida visitante. O clube alvinegro argumenta que o laudo de segurança do Maracanã prevê o fechamento do Setor C para jogos com proporção de público desigual (diferente de 50/50), e que a venda de ingressos para a torcida do Flamengo no Setor Sul desrespeita essa norma, que está em vigor desde a reinauguração do estádio há 10 anos. Em sua nota, o Botafogo destaca que não concordou com a operação e não assinou nenhum documento que autorizasse essa decisão. O clube solicita a revisão imediata da decisão e garante que irá acionar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) e as autoridades públicas para garantir a segurança de seus torcedores. A nota também informa que o Botafogo destinará o mesmo percentual de ingressos para sua torcida no jogo da volta. Em contraponto, o Consórcio Maracanã, responsável pela gestão do estádio, divulgou uma nota afirmando que o estádio está plenamente apto para receber o jogo, em conformidade com as normas de segurança. A Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, por meio do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE), confirmou a regularidade da operação do Setor Sul, com entrada exclusiva pelo Portão C, destacando que este é um modelo amplamente utilizado em diversos estádios brasileiros. O BEPE garantiu a mobilização de mais de 500 agentes para garantir a segurança dentro e fora do estádio. Apesar das declarações do Consórcio Maracanã e do BEPE, a preocupação do Botafogo permanece, principalmente devido à história de violência em clássicos cariocas. A divergência entre as declarações gera incerteza sobre a segurança dos torcedores do Botafogo e aumenta a tensão para o confronto. A situação evidencia a necessidade de um diálogo mais transparente entre os clubes, os órgãos de segurança e a gestão do Maracanã para evitar problemas durante o jogo.