Análise: Derrota do Vasco no Castelão expõe fragilidades defensivas e ofensivas

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Após duas vitórias consecutivas, o Vasco sofre revés para o Ceará e mostra fragilidades na defesa e no meio-campo sem Coutinho. A análise detalhada do jogo, destacando os pontos positivos e negativos da atuação vascaína.

O Vasco da Gama chegou a Fortaleza embalado por duas vitórias seguidas, contra o Puerto Cabello e o Sport, com a ambição de dormir na liderança do Brasileirão. No entanto, a euforia durou pouco. A derrota por 2 a 1 para o Ceará no Castelão expôs deficiências preocupantes na equipe de Fábio Carille, principalmente na defesa e na criação de jogadas ofensivas. **Uma defesa vulnerável:** A defesa vascaína protagonizou uma atuação desastrosa, sendo diretamente responsável pelos dois gols sofridos. No primeiro gol, um erro grotesco de João Victor ao recuar de cabeça, seguido de uma reação lenta de Lucas Freitas, permitiu que Pedro Raul abrisse o placar. No segundo, a dupla de zagueiros foi completamente driblada, permitindo que Pedro Raul, mais uma vez, ampliasse a vantagem cearense. A fragilidade defensiva do Vasco, aliás, tem sido uma constante no início do campeonato, preocupando a comissão técnica e a torcida. **Ofensiva dependente de Coutinho:** A ausência de Philippe Coutinho, poupado para controle de carga, foi sentida profundamente. Sem o craque em campo, o meio-campo vascaíno demonstrou falta de criatividade e velocidade na construção das jogadas. Payet, que o substituiu, teve uma atuação discreta, se limitando a uma finalização perigosa no início do jogo. Benjamín Garré também apresentou desempenho apagado, mostrando sua dependência da posição de titular por ausência de opções. **Reação tardia e individualismo:** O Vasco só conseguiu melhorar no segundo tempo com as entradas de Adson, Jair e Rayan. Adson, em especial, foi o destaque da equipe, mostrando muita vontade e dando a assistência para o gol de Pablo Vegetti, artilheiro do time. Entretanto, a dependência excessiva do artilheiro Vegetti para marcar gols é um sinal de alerta. Um elenco classificado como top-8 no país, como afirmou o presidente Pedrinho, não pode se apoiar apenas em um jogador para evitar derrotas. **Substituições e a reação:** As substituições de Carille no intervalo seguiram o mesmo padrão do jogo contra o Sport, com Adson pela direita e Rayan pela esquerda. Apesar da melhora no segundo tempo, a equipe só conseguiu criar chances claras de gol nos minutos finais, e o gol de Vegetti foi insuficiente para evitar a derrota. A entrada de Alex Teixeira e Jean David, nos minutos finais, não trouxe o impacto desejado, com o chileno sendo criticado pela torcida por sua atuação apática. **Conclusão:** A derrota para o Ceará expõe a necessidade urgente de ajustes no Vasco. As deficiências defensivas precisam ser corrigidas, e a dependência excessiva de Coutinho no setor ofensivo deve ser minimizada. Com uma sequência de jogos fora de São Januário, incluindo confrontos contra Flamengo e Palmeiras, a equipe precisa apresentar uma melhora significativa para alcançar seus objetivos na temporada. A busca por alternativas para a criação de jogadas e a consolidação de uma defesa mais sólida são imprescindíveis para o time de Fábio Carille retomar o caminho das vitórias.
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