O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 10% sobre todos os produtos brasileiros importados, causando preocupação no país. Embora todos os produtos sejam afetados, alguns sofrerão impactos mais significativos devido ao volume de exportação para os EUA. Este artigo detalha quais setores serão mais impactados e as estratégias de resposta do governo brasileiro. **Produtos Brasileiros Mais Afetados:** A taxação afetará todos os produtos, mas aqueles com maior volume de exportação para os EUA serão os mais impactados. Segundo dados do governo brasileiro, os principais produtos exportados para os EUA em 2024 foram: 1. Óleos brutos de petróleo: Representaram R$ 5,8 bilhões em exportações em 2024, um setor altamente sensível a flutuações de mercado. 2. Minério de ferro e produtos derivados: Também representando um volume expressivo de exportações para os EUA. A taxação pode afetar significativamente a competitividade do setor. 3. Café não torrado: Apesar de ser um produto tradicionalmente forte na exportação brasileira, a nova tarifa irá reduzir sua competitividade no mercado americano. 4. Madeira e celulose: O setor madeireiro e de celulose também exportou volumes consideráveis para os EUA, sendo impactado negativamente pela nova medida. 5. Carnes bovinas: As exportações de carnes bovinas para os EUA são relevantes e sofrerão com o aumento das tarifas. 6. Outros produtos de ferro e aço: Incluindo produtos semimanufaturados, que compõem um percentual significativo das exportações brasileiras para os EUA. 7. Aviões e veículos aéreos: Um setor estratégico para o Brasil, com exportações significativas para os EUA e suscetível à taxação. 8. Gasolinas: A taxação de gasolinas impactará o comércio deste produto para o mercado americano. 9. Outros produtos semimanufaturados: Uma categoria abrangente que inclui vários produtos com diferentes graus de sensibilidade à taxação. **Reação do Governo Brasileiro:** O governo brasileiro expressou sua preocupação com a decisão de Trump, alegando que viola os compromissos dos EUA com a Organização Mundial do Comércio (OMC). O Itamaraty afirmou que avalia todas as possibilidades de ação para assegurar a reciprocidade no comércio bilateral, inclusive o recurso à OMC. O Senado e a Câmara aprovaram um projeto de lei de reciprocidade econômica em resposta às medidas americanas. Além disso, foram intensificadas as negociações com os EUA, buscando abrir canais de diálogo e mitigar os impactos negativos. **Perspectivas:** A imposição das tarifas terá consequências negativas para a economia brasileira, principalmente para os setores mencionados acima. A resposta do governo, combinando diplomacia e medidas de proteção, busca minimizar os danos. O resultado final dependerá da evolução das negociações entre Brasil e EUA, e da possível resposta de outros países afetados pelas tarifas de Trump. **Conclusão:** O ‘tarifaço’ de Trump representa um desafio significativo para a economia brasileira. A capacidade de resposta do governo e a flexibilidade dos setores afetados serão cruciais para minimizar os impactos negativos e garantir a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano a longo prazo.