A cidade de Almada enfrenta as consequências devastadoras da depressão Martinho, que atingiu a região na madrugada de quinta-feira. Os danos causados pelo forte vento e chuva intensa são consideráveis, resultando na ativação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil (PMEPC) pela Câmara Municipal de Almada (CMA) na tarde de 20 de março de 2025. De acordo com um comunicado oficial da CMA, a presidente Inês de Medeiros (PS) assinou o despacho de ativação do PMEPC devido à gravidade da situação e à necessidade de resposta rápida e eficaz. Os danos identificados afetam edifícios, infraestruturas, património, espaço público e o meio ambiente. A prioridade é a reposição das condições de normalidade o mais rapidamente possível. **Mobilização Total:** Todos os serviços municipais e trabalhadores estão mobilizados sem reservas, trabalhando em articulação com a Sala de Situação Municipal e o Serviço Municipal de Proteção Civil de Almada (SMPCA). Equipas de diferentes serviços do município e das Juntas de Freguesia, incluindo bombeiros de Almada, Cacilhas e Trafaria, estão a trabalhar incessantemente em ações de limpeza e reparação, um trabalho que se espera prolongue por vários dias. **Números Preocupantes:** Foram registadas mais de 300 ocorrências em Almada, com destaque para a queda de árvores (mais de 350 casos até ao final da tarde de 20 de março), que resultou no encerramento de 10 escolas. Outros danos incluem a queda de elementos de construção em edifícios, danos e quedas de redes elétricas, queda de estruturas temporárias e inundações pontuais. **Alertas e Previsões:** Almada manteve-se em alerta amarelo durante o dia 21 de março, com previsões de ondas de 4 a 5 metros e rajadas de vento até 80 km/h. No entanto, um alerta laranja foi emitido para o dia 22 de março, das 0h às 18h, devido à agitação marítima, com ondas previstas entre 5 a 6 metros, podendo atingir os 11 metros. Após as 18h do dia 22, o alerta regressa a amarelo até às 21h do dia 23. É importante realçar que estas previsões estão em constante evolução e podem ser alteradas. Para mais informações, consulte os boletins meteorológicos oficiais. **Coordenação e Apoio:** A CMA está a coordenar esforços com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a Assembleia Municipal de Almada, os municípios vizinhos do Seixal e Sesimbra, as Juntas de Freguesia e todos os agentes do sistema de proteção civil. **Contexto Nacional:** Em todo o Portugal continental, a depressão Martinho causou 7.809 ocorrências entre as 0h de quarta-feira e as 16h de quinta-feira, sendo a região de Lisboa e Vale do Tejo a mais afetada, com a maioria das ocorrências relacionadas com a queda de árvores (4.240). **Conclusão:** A situação em Almada permanece delicada, mas a mobilização de recursos e a coordenação entre as diferentes entidades garantem uma resposta eficiente à crise. A população é incentivada a seguir as recomendações das autoridades de proteção civil e a manter-se informada sobre os desenvolvimentos da situação.